De frente com Gab(r)i(el)

Um papo sincerão com o CEO e Founder da La Pimentaria

Por trás dos nossos molhos de pimenta, tem muita história envolvida — afinal, o que é um produto sem uma boa dose de humanidade para criá-lo? Por isso, hoje resolvemos trazer uma prosa boa, com o CEO e Founder da La Pimentaria, Gabriel Da Mata. Pega um café, se aconchegue e venha conhecer os detalhes de um trabalho feito com muita ardência e paixão!


Nosso causo começa em família. A mãe de Gabriel sempre sempre amou pimenta, e isso fez o garoto experimentar a picância ainda criança — para nunca mais largá-la. Começou com a pimenta biquinho, até perceber que o paladar buscava ser superado com uma picância mais forte, e é assim até hoje. É em uma fazenda dos ancestrais de Da Mata, no distrito de Engenheiro Corrêa, entre Itabirito e Ouro Preto (Minas Gerais), que as pimentas são cultivadas.


A inspiração para criar a marca veio de empresas gringas que faziam um trabalho bem original no mercado norte-americano. Por lá, os rótulos e os molhos conversavam de uma forma única, respirando a cultura da pimenta de verdade. Gabriel ficou fascinado em como o fruto tinha a mesma importância de uma cerveja ou café, algo cultural que também poderia ser a realidade da culinária brasileira, sempre um fuzuê maravilhoso de sabores.


Assim, a La Pimentaria deu fruto: uma ruptura importante no mercado de molhos tradicionais, regada por criatividade, autonomia e desenvolvimento do que faz sentido. Tudo isso para expulsar a síndrome gourmet que ataca os produtos alimentícios e mostrar que o simples, feito com verdade, funciona!


Os primeiros produtos da La Pimentaria foram inventados com a mesma genuinidade do seu propósito. Depois de assistir um vídeo na internet, em que as pessoas defumavam pimentas e outras coisas, Gabriel ficou fascinado e começou os próprios testes. Com muita alquimia na cozinha, refinou a receita até nascer a Chipotle. Com a Jolokia, pimenta nuclear já plantada no sítio com picância e muito sabor, veio o produto mais explosivo da La Pimentaria. Da plantação até se transformar em molho, foi um pulo. E foi só colocar na língua que veio o nome: Eita atrás de Nu, a Cão Chupando Manga foi batizada. Por fim, a partir da necessidade de incluir no cardápio uma pimenta mais equilibrada e com sabor intenso, surgiu a Jalapeño. Nosso diferencial está no uso da pimenta vermelha, já que a verde é bem mais comum. Isso criou um molho mais frutado, um borogodó mineiro para a tradição mexicana, sabe?


E no meio de todas essas revelações, a única verdade que não deu pra arrancar foi a pimenta favorita do Gabriel. Diz ele que “é como se um pai tivesse um filho preferido. Mas talvez eu tenha… Deixemos para uma próxima conversa, rs”. A gente aguenta suspense uma hora dessas?


Mas algumas indicações ele não deixou escapar: pratos caldosos têm um match especial com pimentas, desde feijoada, pirão, caldo de mandioca — ”parece que o sabor se expande". Além disso, a dica é não deixar a pimenta forte encostar nos lábios para diminuir o sofrimento… o negócio é mandar a comida direto na língua e rezar para arder menos que o esperado.


Com 5 anos de existência, o orgulho da marca é trazer um produto original, verdadeiro e com raízes mineiras. Gabriel diz que “é incrível pensar como surgimos e onde chegamos, por mais que ainda seja de uma forma tímida”, e o reconhecimento tem batido a porta com mais intensidade do que ele esperava. "Esses dias mesmo, estive em uma feira que foi o nosso começo, no jardim Canadá. Cheguei a ficar emocionado com a quantidade de pessoas que eram fãs da marca, que foram comprar, algumas dizendo que só consomem nossos produtos ou que nunca comeram nada igual”, comenta. E pensar que há poucos anos ninguém sabia quem era ou o que fazia a La Pimentaria…


E essa história ainda tem muita coisa pra viver. Da Mata diz que pensa em várias outras possibilidades do manejo da pimenta, de criações que impactem positivamente os produtores parceiros, desenvolvimento de produtos inovadores, e quem sabe até fugir um pouco da gastronomia — mas sempre levando a bandeira mineira e muita picância de VERDADE. É só continuar para descobrir os segredos primeiro, rs.


Para você, que chegou até o fim deste textão e é La Pimenteiro de coração, Gabriel fez questão de mandar dois recados: “primeiro, não coma Cão Chupando Manga sem um litro de leite ao lado. E segundo, Obrigado! Não tem como não agradecer a escolha de compra tão natural de cada um de vocês, que são f#d@”!


Por ora, pausamos aqui, cientes de que os próximos capítulos serão plantados em breve: nunca será apenas pimenta.

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